Se você é dentista e atua como pessoa jurídica, principalmente optante pelo Simples Nacional, muita coisa pode mudar em 2025. Talvez nem todas as obrigações fiscais do consultório ou clínica estejam claras. Pode ser que aquela sensação de insegurança bata em algum fechamento de mês, algo que sempre ouvimos por aqui na Elemento Contábil Digital.
Aliás, não é novidade. Dentistas do Simples Nacional possuem vantagens tributárias, mas também enfrentam desafios próprios. Pensando nisso, reunimos sete dicas fiscais práticas – sem segredos e sem enrolação – para deixar sua operação mais leve e segura no próximo ano.
“O Simples pode ser realmente simples. Mas só quando tudo está bem orientado.”
1. Conheça detalhadamente os anexos do Simples Nacional
Nem todo dentista sabe, mas a área de saúde pode ser tributada em diferentes anexos do Simples Nacional. Clínicas e consultórios de odontologia costumam ser classificados no Anexo III ou V. A diferença de alíquota pode ser significativa. Por exemplo, clínicas com folha de pagamento acima de 28% do faturamento mensal podem se manter no Anexo III, com alíquotas menores. Já quem não atinge esse percentual pode migrar para o Anexo V – e pagar mais tributos.
- Conferir sempre o percentual da folha assistida pela contabilidade;
- Revisar o cálculo nas mudanças de quadro de funcionários;
- Perguntar à contabilidade quando houver dúvida.
Esse cuidado pode representar milhares de reais economizados no fim do ano.
2. Atenção ao fator R: impacto direto na sua tributação
O Fator R ainda deixa dúvidas. Ele determina se você paga pelo Anexo III ou pelo Anexo V. O cálculo é simples: divida a folha de pagamento (mais o pró-labore e encargos) pelo faturamento bruto dos últimos 12 meses. Se o resultado for igual ou maior que 28%, permanece-se no Anexo III.
“Uma folha de pagamento bem planejada traz economia ao contador e ao dentista.”
Se o consultório tiver poucos funcionários, é possível aumentar o pró-labore estrategicamente, alinhando com um profissional especializado como a equipe da Elemento Contábil Digital para simular cenários e evitar surpresas.
3. Não esqueça o pró-labore regular
Muitos dentistas esquecem, mas a Lei exige a retirada de pró-labore, que é a remuneração obrigatória dos sócios que representem o trabalho. E mais: sobre o valor do pró-labore incide INSS, portanto, quanto maior o pró-labore, mais despesa. A recomendação: mantenha um valor razoável, que contribua para fins de aposentadoria e ajude no cálculo do Fator R, mas também se encaixe na sua realidade financeira.
- Pró-labore baixo demais chama atenção do Fisco.
- Pró-labore alto aumenta carga de INSS.
- Planejamento e equilíbrio são fundamentais.
4. Separe contas pessoais das contas do consultório
Parece simples, mas separar as contas é um dos maiores desafios de quem empreende na área da saúde. O consultório precisa ter uma conta jurídica exclusiva. Misturar o dinheiro pessoal e profissional complica a escrituração, eleva riscos na fiscalização e dificulta entender resultados.
“O dinheiro da clínica é da clínica. O dinheiro pessoal, da pessoa.”
Inclusive, isso ajuda na emissão de documentos fiscais, pagamentos de fornecedores, controle de receitas e despesas obrigatórias.
5. Mantenha a emissão correta das notas fiscais
Nem todos os procedimentos odontológicos exigem notas fiscais individuais, mas recomenda-se que toda entrada financeira seja formalizada. A ausência de notas pode levar a autuações em fiscalizações, além de dificultar o controle de faturamento. A documentação deve ser precisa e detalhada, incluindo nome do paciente, serviço realizado e valores cobrados.
- Utilize softwares ou soluções digitais para automatizar a emissão.
- Revise sempre campos obrigatórios antes de finalizar a nota.
- Guarde cópias digitais e físicas conforme exige sua legislação local.
6. Controle e planejamento de despesas dedutíveis
No Simples Nacional, a maioria das despesas não são dedutíveis diretamente na base de cálculo do imposto. Ainda assim, manter o controle rigoroso dos custos é fundamental para saúde financeira e para apresentação de informações em casos de fiscalização.
Despesas como aluguel, compra de materiais odontológicos, pagamentos de colaboradores, equipamentos, manutenção, telefonia e internet precisam estar bem documentadas. Não se esqueça dos impostos pagos, que também fazem parte da contabilidade mensal.
7. Fique atento às mudanças na legislação para 2025
Um detalhe que passa despercebido: as regras do Simples mudam com frequência. Novos limites de faturamento, regras sobre contratação, obrigações acessórias e até alterações nas tabelas de alíquota podem ocorrer todo início de ano. Para 2025, é esperado que algumas regras sobre deduções e obrigações fiscais sejam ajustadas, afetando diretamente a rotina do consultório odontológico.
- Receber orientação personalizada, como da Elemento Contábil Digital, faz toda diferença.
- Mantenha-se informado por fontes oficiais (Receita Federal, CRC, etc.).
- Revise processos e contratos em parceria com o contador.
Pequenas alterações podem causar grandes impactos tributários e operacionais.
Conclusão
Administrar um consultório odontológico vai além da clínica e do atendimento ao paciente. Estar no Simples Nacional pode mesmo descomplicar o dia a dia, mas só para quem conhece os detalhes e mantém a gestão financeira em ordem. Cada uma das dicas acima nasceu da experiência prática de centenas de dentistas atendidos pela Elemento Contábil Digital, que une tecnologia à orientação personalizada.
Se você quer pagar menos tributos, dormir tranquilo e crescer com segurança em 2025, conte com quem entende da contabilidade de dentistas. Fale com a Elemento Contábil Digital para uma avaliação completa do seu cenário e veja como podemos transformar o jeito de lidar com suas obrigações fiscais. O próximo passo para cuidar melhor do seu consultório pode começar agora.
Perguntas frequentes sobre dentistas no Simples Nacional
O que é Simples Nacional para dentistas?
O Simples Nacional é um regime tributário simplificado destinado a micro e pequenas empresas, incluindo consultórios e clínicas de odontologia. Para dentistas, ele permite o pagamento unificado de vários impostos e reduz a burocracia. Com ele, a tributação ocorre de acordo com o faturamento anual e o enquadramento em anexos específicos (como o III ou V), facilitando o controle fiscal e a regularidade do negócio.
Como declarar imposto no Simples Nacional?
O imposto do Simples Nacional é declarado mensalmente por meio do PGDAS-D (Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional – Declaratório). Nele, o dentista informa o faturamento do mês anterior e o sistema calcula automaticamente o imposto devido. A empresa precisa gerar a guia DAS para fazer o pagamento até o dia 20 de cada mês. Além disso, é importante manter a escrituração e a guarda das notas fiscais emitidas.
Quais são as principais obrigações fiscais em 2025?
Entre as principais obrigações fiscais dos dentistas no Simples Nacional para 2025 estão:
- Emissão correta das notas fiscais eletrônicas;
- Entrega do PGDAS-D mensal;
- Retirada de pró-labore dos sócios e pagamento do INSS;
- Obediência ao limite de faturamento definido para o regime;
- Possível entrega da declaração anual da empresa (DASN-SIMEI para MEI ou Defis para empresas do Simples Nacional).
Mudanças na legislação podem acrescentar ou modificar algumas dessas obrigações, por isso é bom contar com orientação profissional atualizada.
Vale a pena aderir ao Simples Nacional?
Para a maioria dos dentistas com faturamento dentro do limite do Simples (até R$ 4,8 milhões ao ano), esse regime oferece redução de tributos e simplificação das obrigações. É interessante principalmente para quem tem uma folha de pagamento compatível com o Fator R, já que as alíquotas podem ser menores. Porém, cada caso deve ser avaliado, considerando despesas, faturamento e estrutura. Em geral, é a escolha mais racional para pequenos e médios consultórios.
Como reduzir impostos sendo dentista?
Algumas sugestões para reduzir impostos de forma legal:
- Planejamento da folha de pagamento para focar no Fator R;
- Pró-labore equilibrado, otimizando contribuição ao INSS e alíquotas do Simples;
- Separação clara das finanças pessoais e empresariais;
- Entrega correta e sistemática das obrigações acessórias;
- Contratar uma contabilidade como a Elemento Contábil Digital, que entende do setor e pode encontrar oportunidades de economia fiscal.
Uma assessoria confiável faz toda diferença para identificar caminhos legais que reduzam a carga tributária sem riscos para o dentista.